Tive o privilégio de ser educadora do Martim Quinteiro, um menino activo, inteligente e criativo, durante dois anos.
O Martim tinha opiniões muito próprias sobre quase tudo. Idealizava projectos pessoais. Inventava geringonças. Testava limites.
Mas um dia, estava invulgarmente silencioso e sossegado, sem gestos visíveis e sem aparentar qualquer expressão facial em particular, como se todo ele - corpo vivo e espírito vivaço - fosse uma sólida estátua exposta num museu.
- Vamos, Martim? - perguntei, hesitante.
E ele, poeticamente, respondeu:
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