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sábado, 4 de novembro de 2017

"Aranha" - Poesia Visual

A poesia visual aparece apenas nos conteúdos programáticos da escolaridade obrigatória. Contudo, é possível introduzi-la no pré-escolar, apesar de ser altamente complexa, uma vez que alia uma concepção de imagem com texto, existindo, à partida, um sub-texto nem sempre fácil de entender ou similar. No entanto, há exemplos mais simples, bastante apelativos para as crianças pequenas. O primeiro poema visual que escolhi data de 1964 e é da autoria de Salette Tavares. 
Pode funcionar como lengalenga e imagem estética, sendo possível a introdução de muitas propostas diversificadas a nível de outras áreas de expressão e domínios do conhecimento.

Salette Tavares

Salette Tavares nasceu em 1922, em Moçambique, então uma colónia portuguesa, na cidade de Lourenço Marques (hoje em dia Maputo). Aos onze anos mudou-se com a sua família para Sintra, Portugal, e viveu em Lisboa até 1994, ano em que morreu aos 72 anos.

Salette Tavares

Fez o curso de Ciências Histórico-Filosóficas da Universidade de Lisboa, licenciando-se em 1948 com a tese Aproximação ao pensamento concreto de Gabriel Marcel, que seria publicada nesse mesmo ano, em Lisboa. Traduziu os Pensamentos, de Pascal, e As maravilhas do cinema, de Georges Sadoul. Foi bolseira da Fundação Calouste Gulbenkian para fazer uma especialização em Estética, em França e na Itália, onde trabalhou com Mikel DufrenneÉtienne Souriau e Gillo Dorfles. Em 1964, a seguir à publicação do primeiro Caderno da Poesia Experimental (Ver: Poesia Experimental Portuguesa), edição Cadernos de Hoje, faz uma visita a Nova Iorque onde visita vários museus na companhia do seu amigo poeta Frank O'Hara, tendo estudado arquitectura moderna com Philip Johnson. Durante o auge da produção concretista portuguesa, em 1965, lecciona Estética na Sociedade Nacional de Belas Artes, e publica as lições correspondentes, sem ilustrações, na revista Brotéria. Um livro com essas mesmas lições, mas completas, intitulado “A dialética das formas”, estava composto em 1972, mas nunca foi publicado. Em 1979, teve uma retrospectiva da sua poesia visual na Galeria Quadrum, numa exposição chamada “Brincar”.
Algumas obras editadas:
  • Espelho cego(Lisboa: Ática, 1957);

  • 14 563 letras de Pedro Sete (Lisboa: Livraria Fomento de Cultura, 1965);

  • Lex icon (Lisboa: Moraes, 1971);

  • Obra poética (1957-1971) (Lisboa: Imprensa Nacional Casa da Moeda, 1992) - com introdução de Luciana Stegagno Picchio;

  • Poesia gráfica (Lisboa: Casa Fernando Pessoa, 1995)

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