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domingo, 31 de maio de 2020
sábado, 30 de maio de 2020
ALGUMAS PROPOSIÇÕES COM CRIANÇAS
Algumas Proposições com Crianças*
A criança está completamente imersa na
infância
a criança não sabe que há-de fazer da
infância
a criança coincide com a infância
a criança deixa-se invadir pela infância
como pelo sono
deixa cair a cabeça e voga na infância
a criança mergulha na infância como no mar
a criança é o elemento da criança como a
água
é o elemento próprio do peixe
a criança não sabe que pertence à terra
a sabedoria da criança é não saber que
morre
a criança morre na adolescência
Se foste criança diz-me a cor do teu país
Eu te digo que o meu era da cor do bibe
e tinha o tamanho de um pau de giz
Naquele tempo tudo acontecia pela primeira
vez
Ainda hoje trago os cheiros no nariz
Senhor que a minha vida seja permitir a
infância
embora eu nunca mais saiba como ela se diz
*Título de um poema de Ruy Belo, in
‘Homem de Palavra[s]’
Quando olhamos uma criança, para a vermos
de modo completo e holístico, temos de ser capazes de descobrir o outro lado do
espelho onde mora a sua infância; recordar a nossa própria infância que se
perdeu no horizonte dos deveres de adulto.
A infância vem de longe, é um país em
construção onde o para sempre ganha contornos definitivamente
provisórios. É o caos da abertura ao novo, à surpresa, à aventura. É a
frontalidade de combater o tédio, a coragem de ter febre de viver, ainda que as
feridas nos joelhos façam chorar lágrimas verdadeiras. É brincar, brincar,
brincar. O acto de brincar como verdade ancestral chega do primeiro século da
nossa história e é repetido em cada primeiro dia de um bebé recém-nascido.
A infância está na origem do processo de fazer
acontecer a heterogeneidade, a multiplicidade, a complexidade, a mobilidade, a
criação lúdica: tantos caminhos em redor e sobre o mundo, em completa
liberdade, porque o brincar não tem metodologias.
As palavras são o nosso melhor instrumento
para explicar tudo: ideias, actos, sonhos, receios, causas e consequências;
servem para descodificar a vida e a morte das pessoas. Contudo, na criança o
discurso linguístico é quase insuficiente, apresentando-se através de um
vocabulário e de uma construção frásica ainda simples. Assim, ela utiliza
outras construções criativas para se definir como pessoa. O tempo da infância
corresponde, de certo modo, ao período iniciático a partir do qual a criança
toma consciência de si enquanto ser humano. A infância como cultura fundamental
do ser, do estar e do saber fazer é livre, criativa, expansiva, e eminentemente
espiritual. É um voo avassalador sobre as nossas cabeças velhas.
A abertura das creches e dos jardins-de-infância
neste tempo pandémico assombrado pela Covid-19 colocou as crianças no centro de
uma situação de cariz existencial, com consequências devastadoras no futuro dos
humanos, a começar nesta geração que agora acolhemos nas instituições
educativas. É um processo instituído pelo Governo que vai originar mais
prolemas do que aqueles que resolve.
Ao brincar, a criança transforma e
transforma-se. Os gestos lúdicos do pequeno ser, numa profunda proximidade
relacional com os seus pares, são a verdadeira autenticidade do conteúdo do
intensamente humano que carregamos dentro de nós. A creche e o
jardim-de-infância adulterados com regras de distanciamento entre as crianças,
isolamento de grupos, ausência de materiais pedagógicos, inexistência de
partilhas e desinfecções sobre desinfecções são ambientes destruidores dos
afectos, da liberdade e do respeito pelo outro. Nestas circunstâncias
paradoxais, o outro é exactamente isso na percepção da criança:
- Aquele ser distante já não é meu amigo e
não brinca comigo. Estou sozinha.
Foto do jornalista da BFM Lionel Top |
As creches e os jardins-de-infância vão
abrir e acolher as crianças.
As crianças vão ficar ali, estranhas umas
às outras.
A tristeza é uma doença.
É só isto que eu tenho para dizer.
Adília César
sexta-feira, 29 de maio de 2020
quinta-feira, 28 de maio de 2020
segunda-feira, 25 de maio de 2020
sexta-feira, 15 de maio de 2020
terça-feira, 12 de maio de 2020
quinta-feira, 7 de maio de 2020
terça-feira, 5 de maio de 2020
segunda-feira, 4 de maio de 2020
POEMA - Com 3 letrinhas apenas
MÃE
Com três letrinhas apenas
se escreve a palavra Mãe
é das palavras pequenas
a maior que o mundo tem!
O SENHOR CAVALO-MARINHO de ERIC CARLE
A história O SENHOR CAVALO-MARINHO de Eric Carle enriquece as vivências da criança no que diz respeito à preservação da espécie.
Existe uma colónia na Ria Formosa, no Algarve, na qual a comunidade científica tem tentado intervir, no sentido de a preservar e impedir a sua extinção.
Existe uma colónia na Ria Formosa, no Algarve, na qual a comunidade científica tem tentado intervir, no sentido de a preservar e impedir a sua extinção.
Como o livro está esgotado, deixo aqui o link com o slideshare da história, da autoria de Ana Luísa Ribeiro:
Vamos ajudar nesta causa?
Saudação ao Sol - Simone Saavedra
A sugestão para este dia compreende uma
sequência de exercícios físicos que implicam a coordenação de movimentos com a
respiração. Deste modo, deves organizar um espaço livre de obstáculos e
preparar-te, juntamente com os teus familiares, para repetir a sequência dos
exercícios durante o período de tempo que for confortável para ti.
Instruções
para cada exercício/postura:
1 – Fica de pé com os pés juntos e o
peso equilibrado pelo corpo (sem tombar para um lado ou para o outro), com as
mãos juntas e perto do peito;
2 – Inspira e levanta os braços;
3 – Ao expirar, lança os braços para a
frente e vai baixando até ao chão;
4 – Ao inspirar, estica a tua perna
direita para trás o máximo possível e olhe para frente;
5 – Ao inspirar, estica para trás a sua
perna esquerda e deixa o corpo numa posição reta;
6 – Lentamente baixa um pouco o corpo,
como se fosse tocar o chão, mantendo-o sobre as palmas da mão;
7 – Desliza para a frente e levanta o
peito enquanto olhas para cima. As palmas das mãos continuam no chão e os
cotovelos levemente dobrados;
8 – Levanta o quadril enquanto as
palmas das mãos continuam no chão. Deves ficar na posição de um “V” invertido;
9 – Ao inspirar, olha para a frente e
leva o joelho direito para frente, enquanto a perna esquerda fica esticada para
trás;
10 – Ao expirar, traz o joelho esquerdo
para frente do corpo;
11 – Inspira e levanta os braços.
Agora
repete a sequência. A repetição dos exercícios vai ajudar-te a memorizar a sua
sequência.
Além da imagem ilustrativa das várias
posições que deves fazer podes, também, seguir o vídeo.
Após a atividade de Saudação ao Sol a criança poderá desenhar o que sentiu. Sugere-se o lápis de cor ou de cera por terem um traço mais suave e consonante com a experiência de promoção do equilíbrio emocional.
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