Eu tenho à beira da lua
uma casinha encarnada
a luz que ilumina a rua
pendura-se na sacada.
Tem telhado de marfim
tem paredes de cristal
e uma rosa de cetim
a enfeitar o portal.
A fada que mora nela
e quis ser minha madrinha
foi ao céu buscar uma estrela
p'ra pôr na sua varinha.
Quando a lua transbordar
e encher o meu cestinho
eu corro a deitá-lo ao mar
p'ra pratear um peixinho.
(Quadras inéditas, Silvina Jóia, 2017)
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