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domingo, 17 de julho de 2022

Para onde vai a Educação Artística? (APECV, 2022)

É urgente formar cidadãos interessados e não apenas “adormecidos” pelos modelos de ensino vigentes. Esse é o papel ativo que a APECV deseja ter nas gerações futuras. A segunda metade do séc. XX marcou a transição para um regime cibernético e de controlo, que trouxe consigo constantes estímulos mediáticos. Todos os dias somos bombardeados com ideias, padrões e pré-concepções que a longo prazo alteram radicalmente a construção da nossa subjetividade. Falamos até da imagem de um indivíduo convertido em “divíduo”, como diria Gilles Deleuze, influente filósofo francês que contribuiu para a mudança de mentalidades na segunda metade do séc XX. Esta ideia do “indivíduo passivo” parece apenas servir a um sistema de dados e comportamentos, no âmbito do qual o mercado da educação e da aprendizagem tem vindo a expandir-se. Surge a necessidade de repensar a educação artística no contexto pós-pandemia, para que não fique esquecida e para que as gerações mais jovens se tornem cidadãos interessados e donos de um espírito crítico, alimentando os seus interesses e paixões e não apenas “adormecidos” pelo regime já instalado. Este é um curso dirigido a todos os que desejem, com as ferramentas das Artes, mudar o Mundo. O testemunho que apresentamos é de César Israel Paulo, Vogal da Direção e membro do Conselho Pedagógico da Associação de Professores de Expressão e Comunicação Visual e também Docente de Artes Visuais. A leitura que se segue é essencial para entender qual o verdadeiro papel da Arte no ensino. Para onde vai a criatividade? As ideias disruptivas e o conhecimento em forma de Arte? A criatividade é um dos grandes chavões do mundo em que vivemos. As sociedades neoliberais promovem um modelo de criatividade, adaptado às leis do mercado. Dentro de um certo “controlo”, pretendem-se trabalhadores criativos, por exemplo nas áreas das artes, arquitetura, design, comunicação, economia (e outros serviços) que possam adaptar-se com facilidade à mudança. Os trabalhadores ditos “criativos” têm mais hipóteses de encontrar trabalho e de fazer face à incerteza. No entanto, o conceito de criatividade do mundo do trabalho pode ser muito redutor, porque se foca essencialmente na resolução de problemas e na criação de novos produtos que, essencialmente, tragam benefícios económicos. Nas Artes, vemos a criatividade de um modo mais abrangente, de um ponto de vista estético e relacional intrapessoal ou interpessoal. Percecionamos o mundo que nos rodeia utilizando os dois lados do cérebro. Pensamos não linearmente, comunicamos com diferentes meios e estabelecemos relações estéticas com os outros. Através de um modo de conhecimento que integra emoções e sentimentos, criamos mundos que não existem, a partir de experiências sensíveis. Nessa medida, a criatividade deve também ser entendida ao serviço do Ser Humano, numa perspetiva de crescimento civilizacional e grupal, em torno do bem-comum. No curso “Artes na Educação”, a APECV define como um dos principais objetivos promover o cruzamento entre estas duas áreas. Quais são as principais mais-valias que podem resultar deste encontro? As Artes assumiram, desde muito cedo, um forte papel de interrogação do seu tempo e de antecipação através de narrativas orais, simbólicas visuais, sonoras e outras. São áreas que desenvolvem o espírito crítico, a criatividade e a expressão de conhecimento sensível, aspetos essenciais para atingirmos um desenvolvimento mais sustentável. Como área de conhecimento onde a indagação e a criação são processos essenciais, tem metodologias próprias que podem ser aplicadas na aprendizagem, criando espaços de apropriação; de conhecimento; compreensão crítica de diversos contextos culturais e de criação de propostas criativas. A criação artística é um espaço de liberdade, de pensamento e de ação, fundamental para o desenvolvimento humano e social. O desenvolvimento de projetos artísticos, em espaço educativo, tem um enorme potencial de envolvimento, simultâneo, das mais variadas áreas do currículo, confluindo para um modelo transdisciplinar, gerando, no aluno, aprendizagens mais integradas, significativas e duradouras. Nessa medida, projetos assentes nas metodologias afetas às artes têm um enorme potencial para consecução de alguns dos principais desígnios hoje estabelecidos no Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória (PASEO). Considera que todas as áreas do conhecimento são igualmente destacadas na formação do indivíduo? Qual o papel do curso Artes na Educação para a crescente transição artística nos modelos tradicionais de ensino? Ainda estamos longe de todas as áreas do conhecimento serem valorizadas de igual modo na educação formal. Em Portugal, a última orientação curricular para o Ensino Básico e Secundário, alicerçada no “Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória (PASEO)”, inclui as Artes na Educação. É um documento que tenta definir as competências essenciais que os alunos devem adquirir. As Artes são valorizadas considerando o seu potencial de desenvolvimento do pensamento criativo, crítico e estratégico. Este documento pode ser um importante fator de mudança, entre um modelo fragmentado por disciplinas separadas, para um modelo educativo que dá mais importância ao desenvolvimento de projetos interdisciplinares e transdisciplinares. As metodologias de ensino e de aprendizagem também vão, aos poucos, mudando, no sentido de um modelo mais interativo, onde existe mais espaço para ensinar a “questionar” e menos para ensinar a “reposta certa”. E, claro, esse espaço sempre foi, e continuará a ser, também o espaço da Arte! “Os projetos artísticos em espaço educativo geram aprendizagens mais integradas, significativas e duradouras.” Há, em particular, uma ligação destes conteúdos aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). Que papel específico pode o encontro entre Artes e Educação cumprir na persecução de um futuro sustentável? Tal como atrás referido, as artes sempre tiverem um papel essencial na interrogação do seu tempo. Hoje vivemos um espaço e tempo com grandes desafios no âmbito da sustentabilidade do Planeta. A agenda 2030 da UNESCO definiu 17 objetivos de desenvolvimento sustentável (ODS) desdobrados em 169 metas. Estes objetivos propõem-se resolver as necessidades das pessoas (tanto nos países desenvolvidos, como nos países em desenvolvimento), sendo que ninguém deve ser deixado para trás. Todos juntos (tendo, neste caso, a Educação um papel central) devemos perseguir esses desígnios, interrogando o nosso papel na sociedade enquanto construtores de um futuro sustentável. Nessa medida, o desenvolvimento de projetos comunitários, solidários, alicerçados nas poderosas ferramentas das Artes, têm um enorme potencial de disseminação de ideias e de desenvolvimento de ações na sociedade, nomeadamente em torno de um bem-comum tão premente, e atual, como o da sustentabilidade do Planeta, e, consequentemente, da Vida Humana. Tendo em conta estas características, a quem pode interessar este Curso? E porquê? Este curso é dirigido a todos os profissionais que trabalhem na área da Educação Artística, professores, educadores e artistas; mas também a qualquer interessado nas temáticas do ensino e da aprendizagem, da arte e da sustentabilidade. Ou seja, a todos estes intervenientes, que juntos, desejam, com as ferramentas das Artes, mudar o Mundo, tornando-o um espaço mais humanizado, integrador da diferença, promotor de um desenvolvimento comum, sustentável, onde todos têm o seu espaço para se realizarem e serem felizes. A aprendizagem na adolescência está intimamente ligada às oscilações emocionais e de humor do formando. Focando-nos num possível momento de conflito de um aluno, pedíamos que nos desse alguns casos práticos de como a Arte pode amenizar o caos emocional. O processo artístico, qualquer que seja a área das artes, promove meios para a compreensão de si e do outro, através da expressão de sentimentos, emoções, traumas e sonhos, por meios artísticos. Pela música, pelo desenho, pela dança, pelo drama, os adolescentes falam de si, contam as suas emoções tão difíceis de gerir, e assim desenvolvem capacidades de reflexão que os ajudam a entender-se melhor como indivíduos, posicionar-se quanto aos seus pares, compreender e aceitar diferenças (porque é essencialmente a aceitação da diversidade que pode ser complicada para os jovens). Através das artes, cada um tem oportunidade de ser diferente, de aceitar as suas particularidades, e de respeitar outras narrativas. Olhando a maioria dos sistemas de ensino, nomeadamente o português, sentem que os conteúdos, estruturas e avaliações existentes potenciam esse desenvolvimento integrado? O que poderia mudar? Hoje, considerando que se encontram estabelecidos como documentos orientadores do currículo o “Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória”, as “Aprendizagens Essenciais” e a “Estratégia Nacional de Educação para a Cidadania”, julgamos que todo esse processo de “desenvolvimento integrado” está muito mais claro e facilitado. O professor voltou a ter uma grande flexibilidade e autonomia para gerir o currículo, devendo assumir esta liberdade de pensamento e de ação. É um processo de mudança em curso. As escolas e os educadores necessitam agora de tempo para incorporar esta mudança, sendo que, nessa medida, parece-nos fundamental que seja proporcionado aos docentes mais tempo de qualidade para trabalho individual, indutor de uma essencial prática reflexiva, condutora à mudança. No entanto, sem mudanças no sistemas de avaliação externa (exames nacionais, hoje ainda essencialmente entendidos como “testes”) e no sistema de avaliação interna (que se baseia maioritariamente em “testes”), o processo de mudança que se espera é extramente complexo, lento, quase impossível, uma vez existe uma cultura instalada, nas escola e nos docentes, de uma valorização central do resultado de exames (que, como sabemos, não avaliam as condições mais relevantes do sucesso educativo, do desenvolvimento das nossas crianças e jovens). Acreditamos que necessitamos de uma reforma educativa mais profunda, uma formação de professores mais relevante e sistemas de avaliação diferentes. A mudança de paradigma não se pode fazer apenas com documentos orientadores, que nem sempre são interpretados do mesmo modo pelos atores educativos, mas com um novo modelo educativo mais adequado ao século XXI, com um acompanhamento estratégico no terreno (nas escolas, nas salas de aulas, ...), na perspetiva de uma mudança mais rápida, e sólida, de paradigma. Outro dos objetivos deste curso é a partilha de experiências e boas-práticas. Como avaliam o conhecimento destes exemplos por parte da sociedade? E que visão existe sobre a educação artística em geral? As boas práticas devem ser mais disseminadas. É a partir da partilha de práticas, e da reflexão conjunta sobre elas, que os professores fazem uma formação ao longo da vida, relevante e coerente. É urgente que os educadores e as suas organizações centrem também o seu trabalho no desenvolvimento de culturas mais colaborativas e aprendentes. A sociedade, na generalidade, tem uma visão distorcida sobre a educação artística, reduzindo a mesma a áreas muito específicas do currículo ou entendo-a como ensino artístico, e nessa medida, muito parcial no tempo e na sua dimensão metacognitiva. É urgente reforçar o papel das artes, da cultura e do património, na resolução de problemas específicos das comunidades. Entender o seu grande potencial de transformação social. Na sua opinião, a pandemia teve influência nesta crescente fusão entre a Arte e o Ensino? A pandemia teve um impacto na educação que ainda estamos longe de, profundamente, entender. A APECV acabou de realizar um inquérito sobre os efeitos da pandemia, junto de professores de várias áreas artísticas, com resultados importantes, que nos irão permitir, no terreno, realizar algumas ações com clara intencionalidade na resolução de problemas diagnosticados pelas comunidades educativas. Julgamos que o afastamento físico, provocado pela pandemia, teve impactos profundos na sociedade, no desenvolvimento motor, emocional e relacional dos alunos, onde as artes, pela sua ação nas mais diversas áreas (artes visuais, música, teatro, dança, multimédia, performance, etc.), terão, ao longo do tempo, um papel muito relevante para colmatar os problemas identificados. in NAU-Sempre a aprender (site) APECV – Associação de Professores de Expressão e Comunicação Visual

segunda-feira, 19 de outubro de 2020

DESENVOLVIMENTO LINGUÍSTICO DAS CRIANÇAS NO PRÉ-ESCOLAR

A criança aprende a falar, falando e ouvindo falar. O caminho para a escrita e a leitura faz-se também, no jardim-de-infância, através de atividades diversificadas para que o desenvolvimento linguístico não tenha lacunas, ao mesmo que se percebe algumas dificuldades evidenciadas pelas crianças, tão importantes para o seu despiste precoce. Não sendo possível queimar etapas, é preciso dar tempo a cada criança para ela ir fazendo o seu caminho linguístico, ou seja, as suas experiências na fala, na escrita e na leitura. Cabe ao educador e à família estarem atentos às dificuldades evidenciadas pelas crianças e tudo fazerem para as ajudar na sua superação. 

Abrindo o link, é disponibilizado um conjunto de atividades de desenvolvimento linguístico que os Azulinhos da Conceição vão experienciar ao longo do ano.



Aqui - Atividades para o Desenvolvimento Linguístico - deixo um conjunto de atividades importantes para a concretização das metas enunciadas.

quinta-feira, 21 de setembro de 2017

A Importância da Pontuação


A pontuação é essencial na escrita e na compreensão de um texto.


Na expressão poética, nem sempre é necessário usar sinais de pontuação. O poema fica mais "limpo" e fluído sem esses pequenos sinais que até podem distrair do essencial. A compreensão das ideias explicitadas também não deverá ser linear, tendo o poeta uma preocupação maior com o conteúdo metafórico e estético.



O artigo que partilho, da autoria de Marta Leite Ferreira e publicado no Observador, tem um interesse histórico relativo ao nascimento da pontuação e propõe um pequeno e divertido exercício. Contudo, Adriana Freire Nogueira, especialista em Literatura e Cultura Clássicas, docente universitária e directora da Biblioteca Da Universidade do Algarve faz uma ressalva pertinente a ter em conta na leitura do artigo:

"Atenção, que a notícia começa com um erro, baseado numa confusão de nomes: o Aristófanes que escrevia comédias viveu no século V-IV, e era de Atenas. O que inventou os acentos também se chamava Aristófanes, mas era de Bizâncio, e foi um filólogo e bibliotecário em Alexandria."

E agora um pequeno texto para pontuar, com dificuldade baixa (1º Ciclo do Ensino Básico):

"Havia um homem muito rico que estava no leito da morte. Antes de sucumbir, pegou numa caneta e num papel e escreveu a frase:
Deixo meus bens a minha irmã não a meu sobrinho jamais será paga a conta do padeiro nada dou aos pobres. 
Mas o homem morreu antes de conseguir pontuar a frase. Há quatro partes envolvidas nesta frase: a irmã, o sobrinho, o padeiro e os pobres. Ponha-se no papel de cada um deles e pontue a frase de modo a sair a ganhar na luta pela herança."

segunda-feira, 18 de setembro de 2017

A importância da Poesia nas Escolas


É necessário que o educador/ professor traga a poesia para a sala de aula. A poesia pode, quando bem explorada, ajudar a suprimir carências da vida da criança e ajuda-a a relacionar-se com os seus universos interior e exterior. Por um lado, a construção da sua vida emocional; por outro lado, o conhecimento do mundo que a rodeia.

Escultura de Su Blackwell

(…) Uma escola onde a poesia esteja presente, onde seja objeto de estudo e fonte de reflexão, é mais suscetível à mudança, à evolução, apelando à sensibilidade, à criatividade e à inteligência. A poesia, pela sua natureza, por um lado, ao despertar sentimentos e imagens, ajuda a criança a explorar o seu íntimo e a expressar pensamentos e experiências; por outro lado ao recriar realidades estimula-a a percecionar os contextos por onde a leva a viajar. A poesia permite a criação de uma visão holística da realidade pretendendo romper com o “(…) academismo palavroso e absurdo, em que se fala mais sobre a língua do que se aprende realmente a conhecê-la e a manuseá-la” (Franco, 1999, p. 43). Neste sentido, o professor desempenha um papel fundamental na relação a desenvolver entre a criança e a poesia conduzindo-a à descoberta de si própria e do mundo que a rodeia. É esta a condução que caracteriza a educação; do grego ducere vem a ideia de conduzir e de educere a ideia de extrair as potencialidades que estão em cada ser (Lamas, 2009).

Como defende Neto (2006), a poesia não se ensina. Cabe sim ao professor, encontrar estratégias e criar experiências/ atividades que viabilizem o despertar do desejo da criança pela expressão poética. A poesia estimula a criatividade de quem com ela se cruza, permitindo viver, sonhar e sentir de uma forma mais genuína, mais real. É fundamental que o professor crie situações, através de jogos, leituras, produções escritas, por exemplo, que levem a criança a explorar a poesia e, por intermédio dela, exteriorizem os seus sentimentos, emoções, experiências e realidades. Porém, em grande parte, a poesia não é vivida de forma efetiva nas escolas, por ser um campo complexo e de difícil entendimento. Segundo Barros (2010, p. 21),

(…) muitos professores não vêem na poesia nenhuma contribuição para o aprendizado dos alunos, até mesmo por pensarem que a leitura de poesia é para pessoas letradas, com conhecimento suficiente para interpretar. De certa forma, é verdade. Agora, isso não os isenta da responsabilidade de ler e motivar os alunos a lerem para obter bagagem suficiente para compreender um texto literário.

É assim que a poesia tem sido perspetivada nas escolas por muitos professores, que não se encontram conscientes para perceber que a poesia faz parte do homem e da sua formação pessoal, ajudando a (trans)formar o caráter humano. Também a falta de interesse dos professores pela poesia se deve à formação de professor, como foi oportunamente verificado nos programas, que não contempla programas  que sensibilizem para a poesia.
(…) Para que a poesia seja vivida de forma efetiva nas escolas, é conveniente que os professores se encontrem sensibilizados e, neste sentido, a formação de professores assume um papel central.

In A Poesia na Escola, (pp. 125-127)

Bibliografia:

Barros, D. (org.) (2010). Vivências poéticas, experiências de ensino. Goiânia: Editora Vieira.

Franco, J. A. (1999). A Poesia como Estratégia. Colecção Campo da Educação. Porto: Campo das Letras

Lamas, E. (2009). Aprendizagem ao longo da vida, Cursos de Educação e Formação de Adultos – Nível Secundário. Reflexões e comentários. Vila Nova de Gaia: Instituto Piaget.

Neto, L. (2006). Olhares Poéticos da Infância. Porto: Papiro Editora.

sábado, 2 de setembro de 2017

Bibliografia essencial

O livro "Poesia na Escola - Estratégias Motivacionais", de Regina Vale Pires, publicado pela Chiado Editora em Maio de 2017 é essencial para a pesquisa, fundamentação e operacionalização de projectos de poesia nas escolas e nos jardins de infância. Transcrevo a nota inicial da autora, exposta na contracapa do livro:

"Entendemos que é fundamental que a escola promova a educação holística dos seus alunos, tornando-se necessário criar oportunidades e situações de aprendizagem conducentes ao seu desenvolvimento cognitivo, afetivo e social. Por isso, recorremos à poesia como estratégia e à poesia enquanto conteúdo de aprendizagem que implica a criança na construção de aprendizagens significativas. De igual modo, procuramos promover momentos de introspeção, de isolamento - ontos - para em seguida, nos darmos a conhecer ao mundo - cosmo - através de valores, ideais e pretensões - axiologia - com vista a uma integração ativa, consciente, afetiva e efetiva na sociedade - social.
Neste livro, preocupamo-nos em perceber e discutir as conceções teóricas sobre o domínio da poesia e´alicerçada nesta pesquisa, desenvolvemos estratégias para que a poesia seja vivida nas escolas, de forma ativa, pedagógica, lúdica, dinâmica e a(e)fetiva.
A poesia como dimensão motivacional, como um mundo de oportunidades para descobrir, uma nova forma de ver, fazer, aprender, ser e estar conducente à educação holística da criança."

2017, Colecção Compendium

Lebrinha 01